OPERAÇÃO APITO FINAL|: Polícia acha R$ 6,6 mil sob carpete de Jaguar de traficantes avaliado em mais meio milhão de reais

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Sob o carpete de um carro de luxo apreendido com um dos investigados da Operação Apito Final, a polícia encontrou R$ 6,6 mil em notas de R$ 200. O dinheiro achado escondido no Jaguar avaliado em mais de R$ 500 mil reforça a origem ilícita dos valores movimentados pelo grupo liderado pelo empresário Paulo Witer Farias Paelo, preso na semana passada durante a ação policial. Além deste, vários outros bens de alto valor foram recolhidos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).


Segundo a Polícia Civil, em buscas provas nos veículos, o maço de dinheiro foi achado embaixo do carpete. O dinheiro vivo tenta impedir rastreamento.


“A quantia localizada corrobora mais uma vez as provas reunidas no inquérito, evidenciando a forma de agir da organização criminosa na lavagem de dinheiro, por meio da ocultação e dissimulação da origem dos valores ilícitos, haja vista que a maioria das transações comerciais realizadas pelos investigados foi por meio de dinheiro em espécie”, comentou o delegado Gustavo Belão, da GCCO.


Segundo apurado, os criminosos movimentaram cerca de R$ 65 milhões por meio de compras de imóveis, veículos e até um supermercado em Várzea Grande, que estava em nome da sogra de Paulo Witer, o WT. O empresário é dono de times de futebol e também usava a equipe para dissimular a origem do dinheiro do tráfico, cooptar novos membros, promover assistencialismo e executar os delitos.

PJC

Operação Apito Final
A Operação Apito Final cumpriu 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis.


A investigação da GCCO apurou, no período de dois anos, que a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis adquiridos para lavar o dinheiro da facção. Além dos imóveis e veículos de luxo, as transações incluíram a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.


Análises financeiras realizadas pela Polícia Civil apontaram que os investigados, mesmo sem comprovação de renda lícita, adquiriram veículos como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, uma Mitsubishi Eclipse e uma Pajero, além de diversos modelos Toyota Corolla.


De acordo com o delegado Rafael Scatolon, que coordenou as investigações, os criminosos, comparsas do líder do grupo que também foi preso, faziam as aquisições de veículos usando garagens para comprar e vender e, com isso, dissimular a posse e propriedade dos automóveis e lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas e dar aparência lícita às transações. Conforme as investigações, no período de um ano, apenas em compra e venda de 43 veículos, o grupo criminoso teria movimentado cerca de R$ 8 milhões.

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