|Rondonópolis|: Sanear é destaque no combate ao desperdício de água, universaliza abastecimento e prova que serviço público pode ser bom sem privatizar
DA REDAÇÃO:LEIAMT
O Sanear – Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis, já conceituada em seu segmento como modelo em Mato Grosso, não se destaca apenas entre as mais eficientes do Centro-Oeste e do interior do País no quesito da universalização dos serviços de distribuição de água potável, que atinge a marca relevante de cerca de 100% da área urbana daquela cidade coberta com redes distribuidoras do líquido.
E água tratada, como se sabe, ajuda a combater doenças e é um forte indicativo de qualidade de vida.
Além disso, o sistema de esgotamento sanitário, também avança a passos largos para estender seus benefícios para todas residências e imóveis, estando próximo de atender integralmente a malha urbana.
Os números significativos que Rondonópolis ostenta se tornam maiores, no aspecto político e administrativo, quando se sabe que eles podem ser comparados com a onda privatizante que atinge esse setor de serviços públicos.
Nesse contexto, de enfrentamento com a privatização, a Sanear é um exemplo de que a empresa pública, quando é bem gerida, apresenta níveis elevados de eficiência, além de poder atender a população com tarifas mais baixas, por não ter o lucro como meta principal, mas sim o benefício do povo.
Nesse contexto, o prefeito José Carlos do Pátio, tem a opinião de um gestor tarimbado que administra a cidade pela terceira vez e é defensor do serviço público.
“A empresa pública não é ruim em si mesma, o que pode ocorrer são más gestões, mas quando são bem administradas, como é o caso da Sanear, apresentam números e resultados positivos”. Equilíbrio e modernização
Para atingir a universalização da água, a Sanear conta com dois sistemas de captação: diretamente dos mananciais e por meio de poços artesianos. E o fato de não faltar água de qualidade na cidade é um dos orgulhos do povo rondonopolitano.
Em função disso, a população local, dificilmente, se depara com a torneira vazia de suas casas. Uma ou outra ocorrência de eventual falta de água, em um local ou outro, em função de reparos ou ampliações nas redes, são comunicadas previamente aos moradores para abastecerem seus reservatórios.
A crise hídrica é hoje um dos maiores flagelos da humanidade, motivo pelo qual evitar ao máximo o desperdício da água, deve mobilizar a sociedade e governantes. E a Sanear é uma empresa que, em sintonia com essa realidade, se preocupa em combater a evasão da água, quer seja pelo uso inadequado do líquido destinado para consumo humano e animal, ou por falhas em encanamentos e tubulações, que têm atendimento priorizado por equipes da empresa municipal.
Para se ter uma ideia da importância desse trabalho, basta constatar que, segundo dados oficiais, 35 milhões de brasileiros não tem acesso à água tratada nem sequer para lavar as mãos. Enquanto isso, 40,1% da água é perdida antes mesmo de chegar à casa das pessoas.
O atraso histórico do Brasil, maior país da América Latina, com relação ao saneamento se torna ainda mais evidente diante de sua grande ineficiência na distribuição da água potável pelas cidades. O valor em porcentagem da água perdida nos sistemas de distribuição no Brasil representa um volume equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçada diariamente ou mais de sete vezes o volume do Sistema Cantareira — maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo.
Mesmo considerando apenas os 60% deste volume que são de perdas físicas (vazamentos), estamos falando de uma quantidade suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano, equivalente a um pouco mais de 30% da população brasileira. Esse volume seria, portanto, mais que suficiente para levar água aos quase 35 milhões de brasileiros que até hoje não possuem acesso nem para lavar as mãos.
Poderia também atender, por quase três anos, aos mais de 13 milhões de brasileiros que habitam favelas. Além de atender a este enorme contingente de brasileiros, no que se refere ao impacto ambiental, o volume de água que poderia ser economizado da natureza certamente ajudaria a manter mais cheios os rios e reservatórios espalhados pelo país.