PRESO EM RONDONÓPOLIS|: Defesa alega diabetes e pressão alta para conseguir domiciliar em favor de filho de ex-deputado

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do ex-deputado Carlos Bezerra (MDB), preso por matar a tiros a ex-namorada e o atual companheiro dela, entrou com pedido de substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar, argumentando que o empresário sofre de diabetes tipo 2, problemas psicológicos e pressão alta. Em contato com o HNT, o advogado Francisco Faiad, responsável pelo caso, afirmou que o pedido foi feito há um mês e que aguarda uma resposta da juíza do caso.

“Estamos aguardando a decisão da juíza e esperamos que ela entenda a gravidade da situação e autorize a prisão domiciliar, que não significa soltura. A medida serve para assegurar a questão da saúde dele”, disse o jurista.

O Ministério Público Estadual (MPE) se posicionou de modo contrário à medida em parecer emitido nesta terça-feira (22), por entender que ela não se mostra suficiente para garantir a ordem pública, o andamento da instrução criminal e a aplicação da lei. No documento, o órgão explicou que, para a prisão domiciliar ser autorizada, é necessário que o preso comprove que está “extremamente debilitado” e, ainda assim, pontuou que o estabelecimento prisional conta com equipe médica para viabilizar o tratamento adequado.

“Ao contrário disso, o que se tem nos autos principais é a informação de que a doença de que o requerente é portador (diabetes) é preexistente aos crimes cometidos, e não vida impondo nenhuma restrição aos atos de sua vida civil”, registrou o promotor Jaime Romaquelli, da 26ª Promotoria Criminal da Capital.

Em outro ponto do texto, o MPE refutou a tese levantada sobre a precariedade do sistema público de saúde para atender à demanda de Carlos Bezerra. Neste sentido, o promotor destacou que “as mesmas condições de acesso aos meios de tratamento que têm sido e podem ser fornecidas ao requerente são as oferecidas a todo e qualquer outro cidadão que não cometeu nenhum crime, que paga os seus impostos e cumpre com seus deveres civis”.

O CRIME 

Thays Machado e Wllian César Moreno foram mortos no dia 18 de janeiro de 2023, no bairro Consil, em Cuiabá. Eles deixavam a casa da mãe de Thays, no Edifício Solar Monet, quando foram assassinados. Horas antes, Thays tinha ido buscar o novo namorado no aeroporto. Willian tinha vindo de São Paulo para conhecê-la. 

Depois do crime, o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra fugiu para a fazenda da São Carlos, da família Bezerra, no município de Campo Verde. 

hnt.

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