PERIGO|: MT tem mais de 800 casos de dengue nas 3 primeiras semanas do ano; Ministério monitora Estado

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Além da covid-19, a dengue é outro doença viral que está preocupando a população de Mato Grosso. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), atualizado até no dia 25 de janeiro, apenas no primeiro mês de 2024, foram 859 casos confirmados da doença no Estado. Não foram registradas mortes em decorrência da dengue neste ano, mas dois casos estão em investigação. Conforme a pasta, o sorotipo mais circulante no Estado é o DENV 1.

A chikungunya, que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, teve 68 notificações até o momento. Já a zika ainda não foi registrada em Mato Grosso neste ano.

Na região da Baixada Cuiabana, a cidade turística Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá) é o município com maior incidência de casos, com 137,65 a cada 100 mil habitantes.

No entanto, os números devem aumentar ainda mais. Isso porque a Prefeitura de Tangará da Serra (240 km de Cuiabá) divulgou, na última terça-feira (30), que o município teve 408 casos confirmados da doença entre os dias 1º e 30 de janeiro. No mesmo período, foram 120 casos de chikungunya apenas no município, o que supera os registros publicados pela SES que fazem referência aos casos em todo o Estado.

Em entrevista à Rádio Cultura, na quarta-feira, o infectologista Luciano Corrêa Ribeiro do Hospital Universitário Júlio Muller falou sobre os casos da covid-19, mas também estendeu sua preocupação com a incidência da dengue em Mato Grosso. Segundo ele, a doença também mata e requer cuidados.

“O mesmo alerta, a mesma recomendação no período de Carnaval feitas para a covid também vale para a dengue, que também mata”, disse o especialista.

De acordo com o médico, o período chuvoso contribui para a proliferação do mosquito transmissor da doença. Por isso, a população precisa fazer o “dever de casa” e acabar com os focos do Aedes aegypti.

“Esse período de chuva é onde (sic) se tem a maior transmissibilidade da doença. É o dever de casa, de controlar água parada e evitar criadouros do mosquitos porque a dengue não escolhe classe social, raça ou sexo”, alertou o profissional de saúde.

GOVERNO FEDERAL VAI MONITORAR DENGUE EM MT

Nesta quinta-feira (1º), o Ministério da Saúde anunciou que instaurou um Centro de Operações de Emergência – COE Dengue para monitorar os casos da doença em Mato Grosso.  Até o momento, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue.

O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), reforçando que a atuação será coordenada com estados e municípios.

A medida permite uma análise minuciosa, porém, ágil, dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos casos.

“A mensagem é de mobilização nacional, de união de esforços com estados e municípios. De um Brasil unido contra a dengue. Nós estamos, desde novembro, com uma série de ações para monitorar o avanço da doença. Temos o SUS, com toda sua capilaridade, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. É um movimento de governo, mas também precisamos do apoio da sociedade”, frisou a ministra.

CONHEÇA OS SINTOMAS

 A dengue causa febre alta, entre 39°C e 40°C, além de provocar dores de cabeça, prostação, dores musculares ou nas articulações e dor atrás dos olhos. A maioria dos pacientes se recupera em poucos dias. Mas, a doença pode evoluir para uma fase mais grave. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença começa a declinar entre o 3° e o 7° dia, período em que a febre começa a diminuir. No entanto, se o paciente começar a apresentar sintomas como: dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos em cavidades corporais; hipotensão postural e/ou lipotímia; letargia e/ou irritabilidade; aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) maior que 2cm; sangramento de mucosa; e aumento progressivo do hematócrito, é hora de procurar uma unidade de saúde, pois a dengue pode estar se manifestando em sua forma mais agressiva.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes como as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas com mais de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.  

(Com Ministério da Saúde)

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *