|Operação Descobrimento|: Grupo ostentava com pratos finos e espumantes em voos levando drogas

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Não eram apenas nas joias, relógios raros, bolsas de luxo, carros e outros itens que o grupo liderado pelo empresário e lobista de Mato Grosso, Rowles Magalhães Pereira da Silva. gostava de ostentar. Até mesmo nas viagens para o transporte da droga, os integrantes da organização criminosa faziam questão de mostrar e usufruir da “vida boa”. 

É o que mostram imagens anexadas a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) da organização criminosa investigada na Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal no dia 19 de abril deste ano. Nelas, Rowles Magalhães aparece ao lado do empresário João Loureiro, em uma mesa dentro de um avião, regada a pratos finos, vinhos e espumantes. 

O avião em questão é o Dassault Falcon 900 B, prefixo CS-DTP, utilizado pela organização criminosa para levar cocaína para a Europa, entrando no continente por Portugal. A foto foi tirada quando o jato veio para o Brasil e Rowles embarcou em Salvador, com destino a Jundiaí (SP). Na cidade paulista, a aeronave foi carregada com a droga e, dias depois, o carregamento foi apreendido pela Polícia Federal na capital baiana. 

No vôo também estava Mansur Mohamed Bem-Barka Heredia, outro dos denunciados pelo MPF e que é mecânico de aviões e teria vindo da Espanha para auxiliar o grupo no carregamento. Tanto Rowles, quanto o espanhol, fizeram registros de imagens com o empresário português, que entre outras atividades, foi presidente do Boavista, time de futebol da primeira divisão de Portugal. 

A Operação Descobrimento foi deflagrada em 19 de abril de 2022 e investigava um esquema de tráfico de drogas internacional entre Brasil e a Europa, com entrada no continente por Portugal, através de jatos executivos. Entre os denunciados pelo MPF estão o empresário e ex-lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva, o ex-secretário de Estado de Ciências e Tecnologia (Seciteci), Nilton Borges Borgatto, e a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama. A denúncia é assinada pelos procuradores da República, Auristela Oliveira Reis, Roberto D’Oliveira Vieira, Robert Rigobert Lucht e Carlos Vítor de Oliveira Pires. 

Na denúncia, o MPF narra que foram encontrados tabletes da droga em quatro oportunidades. A primeira delas, de grande porte, aconteceu no dia 9 de fevereiro de 2021, quando 578,44 quilos de cocaína foram descobertos pela Polícia Federal. O entorpecente, que estava dividido em 19 tabletes retangulares e em um saco plástico, era acondicionado em embalagens com logotipos de marcas famosas, como Bottega, Bitcoin, Adidas, GL&CH, Nike e YL. 

A ostentação do grupo também foi vista nos itens apreendidos durante a deflagração da operação. Foram encontrados pela PF diversos itens de luxo, como jóias, relógios, bolsas de grife, lenços, além de diversos carros de alto padrão, como Jaguar, Land Rover e Mercedes Benz. Todos estes itens apreendidos tiveram seu perdimento solicitado pelo MPF.

fonte;folhamax

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