|MASSACRE AO CONSUMIDOR|: Energia vai ficar 20% mais cara em Mato Grosso
DA REDAÇÃO:LEIAMT
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste anual da tarifa da Energisa em Mato Grosso, com aumento de 20,36% para os clientes residenciais e 22,55% na média para todas as categorias de consumidores. O reajuste entra em vigor no próximo sábado, 16 de abril, mesmo dia em que deixará de valer a Bandeira de Escassez Hídrica, que impunha uma taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 kW/h consumidos.
Conforme a Aneel, o reajuste anual da tarifa será de 20,36% por quilowatt (kW/h) para clientes residenciais. Para os demais consumidores na baixa tensão, o reajuste será de 21,62%. Já para a alta tensão, o preço sobe 24,96%.
O novo reajuste é mais que o dobro do que havia sido aprovado incialmente pela Aneel, que seria de 8,9% a partir do dia 8 de abril. A informação já havia sido antecipada pelo Estadão Mato Grosso em reportagem do dia 7 de abril.
Foi a concessionária Energisa quem pediu a suspensão do reajuste anterior e um novo cálculo, que resultou em sua majoração. À época, a concessionária emitiu nota afirmando que estava “sensível ao momento atual” e que solicitou a suspensão do reajuste “com propósito de amenizar o impacto na conta de luz em virtude do término da bandeira de escassez hídrica”.
Entretanto, o economista Vivaldo Lopes apontou à reportagem do Estadão Mato Grosso que a concessionária estaria atuando para repassar os custos extras com encargos setoriais e aquisição de energia das termelétricas durante o período da crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos. A Aneel então solicitou novos documentos à Energisa para despachar sobre esse assunto.
O peso da aquisição de energia de termelétricas é um dos maiores componentes nesse reajuste. Somado aos encargos setoriais, esse custo representa 17,31 dos 20,55 pontos percentuais de reajuste. Parte disso também se deve à inflação disparada, principalmente dos combustíveis, que refletem diretamente no custo para geração de energia.
O aumento de mais de 20% deve ser compensado pelo fim da bandeira de escassez hídrica. Segundo economistas, a taxa extra adicionava um peso de 20% nas contas de luz. Ou seja: os consumidores mato-grossenses devem sentir pouca diferença no valor de suas faturas. A não ser em um novo cenário de escassez hídrica, em que as bandeiras serão ainda mais ‘salgadas’.
fonte;estadãomt