|Manifesto|: Policiais federais cobram reestruturação da carreira prometida por Bolsonaro
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Um grupo de policiais federais realizaram na manhã desta quinta-feira (28) um protesto pela reestruturação das carreiras dos agentes da Segurança Pública da União. A mobilização, que aconteceu em todos os estados e no Distrito Federal, busca pressionar o presidente Jair Bolsonaro (PL) a assinar a medida provisória que concede o benefício prometido pelo presidente.
Em Cuiabá, o ato reuniu policiais rodoviários federais, policiais federais e policiais penais federais em frente à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso. Eles levaram cartazes com os dizeres “Desvalorizar os policiais federais é fortalecer a corrupção”, “Presidente: cumpra a sua palavra. Promessa é dívida!” e “Reconhecer o valor da polícia é investir na sociedade”.
Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) diz que a mobilização é uma resposta às notícias sobre possível recuo do governo federal quanto ao acordo de reestruturação das carreiras policiais federais, cujo orçamento de R$ 1,7 bilhão foi aprovado pelo Congresso Nacional.
A ADPF diz ainda que há um sentimento de frustração com a notícia de o valor reservado para a reestruturação das carreiras das Forças de Segurança foi direcionado para a promoção de um reajuste linear de 5% para todas as categorias de servidores públicos federais.
O diretor de Comunicação Social do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso (SinPRF-MT), Marco Aurélio Amorim, lembra que a reivindicação é antiga e que a proposta de reestruturação foi debatida com representantes do Ministério da Justiça. Por isso, o possível recuo do governo decepciona as categorias.
“Para entrar na PRF nos anos 90 era no nível médio […] e a partir de 2012, de fato, de direito, tornou-se carreira de nível superior. No entanto, só a nomenclatura, porque o salário continuou o mesmo, salário de nível médio. Hoje os salários das polícias da União – os agentes, os papiloscopistas, os escrivães, os policiais rodoviários federais – é de nível médio e é o pior salário das carreiras típicas de Estado no governo federal, de nível superior”, disse.
“E o resultado do nosso trabalho está aí, basta abrir as redes sociais do presidente da República e está lá elogiando o nosso trabalho, mostrando grandes apreensões de drogas, grandes operações da PF”, complementou.
Além da ADPF, os atos têm apoio da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol).
fonte;estadãomt