|Latrocínio em Juscimeira|: OAB local tem acesso às provas do inquérito que apura morte de advogado

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local mantém o acompanhamento do inquérito que apura a morte do advogado João Anaídes Cabral Netto, 49 anos, ocorrido no mês de julho deste ano, em Juscimeira. Ontem (20), o advogado Bruno de Castro, que é designado para acompanhar o inquérito, esteve reunido com o delegado de Juscimeira, Ricardo de Oliveira Franco, que apresentou as provas obtidas durante as investigações e informou que pretende finalizar o inquérito sobre o caso nas próximas semanas.

“O delegado nos apresentou as provas técnicas que compõe a investigação, que incluem interceptações telefônicas, conversas pelo whatsapp, imagens coletadas e depoimentos de testemunhas”, explicou Castro.

O advogado acrescentou ainda que a Polícia Civil obteve, na Justiça, autorizações para quebras de sigilos telefônicos de investigados e conta com sete mandados de prisões preventivas e temporárias.

“Até hoje [ontem], dos sete com mandados de prisão expedidos pela Justiça, três haviam sidos cumpridos. Ainda há quatro pessoas foragidas”, afirmou. Entre os foragidos está o contador e empresário João Fernandes Zuffo, de 53 anos.

Na última sexta-feira (17), a Polícia Civil concedeu uma entrevista coletiva após a deflagração da Operação Flor do Vale conduzida pela Delegacia de Juscimeira e informou que Zuffo é investigado como líder de um grupo criminoso que cometeu diversos roubos na região de Juscimeira, entre eles o que terminou com o latrocínio do advogado João Anaídes.

Na ocasião, o delegado Ricardo de Oliveira Franco explicou que as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do contador no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele é acusado de planejar, apontar e indicar aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras, onde três propriedades foram alvos do grupo e em uma delas o advogado João Anaides foi morto.

O contador João Zuffo tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava, segundo a polícia, a conclusão do roubo e se passava também por vítima.

O delegado informou ainda que, no decorrer da apuração para esclarecer o latrocínio, a Polícia Civil chegou a outros dois crimes possivelmente cometidos pelo mesmo grupo criminoso. O roubo de um veículo em Cuiabá e outro executado no mês de abril deste ano, em Juscimeira.

De acordo com a polícia, as investigações identificaram o envolvimento de oito pessoas no latrocínio do advogado. O grupo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, roubou algumas propriedades e na última delas, em que estava a vítima, amarrou as pessoas que estavam na casa.

O advogado João Anaides e mais uma vítima do assalto foram amarradas separadamente em um banheiro. Os suspeitos começaram a subtrair objetos pessoais das vítimas e logo em seguida foi ouvido um disparo de arma de fogo vindo do banheiro. A polícia não deixou claro sobre o que levou o grupo a matar o advogado.

Uma vítima que estava trancada no banheiro junto com o advogado relatou que um dos suspeitos arrombou a porta e efetuou um disparo na cabeça de João Anaides. Após o disparo, os criminosos fugiram do local levando duas camionetes, uma delas, do advogado.

Fonte;atribunamt

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