Golpistas do Agro|: Criminosos usavam grupos de WhatsApp para ‘mapear’ vítimas
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Criminosos alvos da Operação Fake Farmer se infiltravam em grupos de WhatsApp para ‘mapear’ possíveis vítimas, segundo do delegado Leonardo Dias Pires, de Goiás. Nos grupos eram ofertados produtos agropecurários, incluindo cabeças de gado que eram o ‘foco’ dos golpistas. A ação policial foi deflagrada na manhã desta terça-feira (24) e até o momento, 33 suspeitos foram presos.
“Normalmente eles se infiltram em grupos de WhatsApp em que o gado é ofertado, geralmente esse tipo de negociação é feita através de intermediação, então os criminosos vão procurando compradores e vendedores, para realizar essa abordagem e assim bolar uma história para cometer os crimes”.
A autoridade policial ainda destacou que durante as investigações, a polícia identificou 81 transações financeiras vix pix, com cerca de 20 titulares diferentes. O montante rastreado chega no valor de R$ 1,5 milhão.
Até o momento, a polícia cumpriu 31 mandados de prisão e dois foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Durante os mandados, os policiais encontraram um cofre com R$ 106 mil escondido. O proprietário não soube informar a origem do dinheiro.
INVESTIGAÇÕES
As investigações conduzidas pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigação Criminal da Polícia Civil de Goiás iniciaram após a comunicação de um golpe na modalidade falso intermediador de vendas, ligado à compra e venda de grande quantidade de gado.
Após manter contato com vasta lista de corretores de gado, o golpista intermediou a venda, se apresentando ao real proprietário dos animais como devedor do comprador. Ao comprador, o mesmo suspeito disse que havia adquirido o rebanho por meio de uma negociação imobiliária, enganando assim as duas vítimas.
Na negociação, o comprador foi induzido pelo estelionatário a efetuar seis transferências PIX que totalizaram um milhão e meio de reais para criminosos domiciliados em Mato Grosso.
O decorrer da investigação contou com a cooperação da Delegacia Especializada de Estelionatos de Cuiabá (DEEF) e de outras unidades da Polícia Civil de Mato Grosso ligadas às Diretorias Metropolitana e de Interior, responsáveis pelos trabalhos de levantamentos dos alvos na Capital e região metropolitana, bem como no interior do estado. Os levantamentos subsidiaram os pedidos de busca e apreensão e prisões cautelares.
hnt.