Fim do auxílio emergencial pode levar 17 milhões de brasileiros a extrema pobreza

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Uma projeção feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas aponta que o fim do auxílio emergencial, pode levar 17 milhões de brasileiros e brasileiras a situação de extrema pobreza, a partir de janeiro.

Segundo os cálculos do pesquisador da Fundação Getúlio Vargas Vinícius Botelho, desde setembro, quando o presidente Jair Bolsonaro reduziu pela metade o valor do auxílio emergencial, o número de brasileiros na linha da extrema pobreza aumentou instantaneamente para sete milhões.

Ele analisou dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e do Ministério da Cidadania, entre outras fontes.

 Um novo patamar de pobreza seria atingido ainda no primeiro trimestre de 2021”, diz o trabalho, considerando que o indicador vai aos maiores valores da série histórica iniciada em 2012.

“Nesse sentido, evitar a piora das taxas de pobreza em 2021 vai exigir uma reformulação da rede de proteção social vigente”, recomenda o pesquisador.

Já os cálculos do economista Daniel Duque, que atua na Economia Aplicada da Fundação, apontam para números mais graves.

Sua estimativa é de que a extrema pobreza, já na casa dos 13 milhões e 600 mil brasileiros, pode até dobrar no Brasil no início de 2021.

“O fim do auxílio emergencial vai colocar mais cinco milhões de pessoas na pobreza e na pobreza extrema, em relação ao período anterior da pandemia, porque o mercado de trabalho ainda está longe de se recuperar. Principalmente para a população informal”, afirmou o economista.

Para Duque, a extrema pobreza, que considera as pessoas que vivem com menos de 10 reais por dia, pode alcançar de 10% a 15% dos brasileiros, atingindo mais de 20 milhões de pessoas em 2021.

Dados da Caixa Econômica Federal, que tem realizado o pagamento do auxílio emergencial, apontam que até 68 milhões de pessoas receberam o benefício durante a crise do coronavírus.

fonte;sápicua

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