DURANTE CPI|: Morador de MT acusado de tentar explodir bomba em Brasília diz que foi ameaçado pela extrema direita

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O morador de Comodoro (631 km de Cuiabá) Alan Diego dos Santos tentou emplacar a versão de que participou da tentativa de ataque à bomba em Brasília, na véspera de Natal, para ‘monitorar’ os verdadeiros radicais que planejavam o atentado. Durante oitiva na CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, Alan Diego afirmou que o caso tem sido tratado como ‘deboche’ e que foi ameaçado por um ‘elemento’ extrema direita a participar do episódio.

“Estão levando na brincadeira. Não sabem o que eu fiz, o que aconteceu, não sabem por que eu estava monitorando quem tava fazendo isso e não sabem por que eu liguei para as policias para eles poderem ir lá e não foram a tempo. Eu fiquei até o momento que foi socorrido o artefato. Isso aqui não é brincadeira”, declarou.

Questionado quem estava monitorando, Alan Diego preferiu manter o silêncio. O morador de Comodoro recorreu à mesma premissa em diversos questionamentos do deputado distrital Chico Vigilante, do PT, presidente da Comissão, em especial nas perguntas relacionadas à bomba. 

Alan Diego iniciou o depoimento dizendo que se doou, no ano passado, para as campanhas do deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos); deputada federal Coronel Fernanda (PL); senador Wellington Fagundes (PL) e governador Mauro Mendes (UB). Ele negou que tenha recebido qualquer coisa em troca para ser cabo eleitoral dos então candidatos e disse que chegou a Brasília por meio de caronas em caravanas bolsonaristas. 

“Nenhum deputado foi lá no Exército. Conheço os deputados porque são do meu Estado, mas jamais [pagaram a ida a Brasília]”, garantiu Alan Diego. 

Acusado de tentar explodir o aeroporto da Capital Federal, Alan Diego também preferiu desconversar quando foi questionado se sabia do financiamento do movimento por pessoas ligadas ao agronegócio. 

DERROTA DE BOLSONARO 

Alan Diego negou ter relação com o extremismo e disse ainda que acreditou nas urnas e aceitou a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, a ida a Brasília foi ‘a passeio’. 

“Eu aceitei, acreditei nas urnas. Por um momento eu esqueci. Muitas pessoas pregavam conhecereis a verdade e a verdade nos libertará, mas todo mundo esqueceu que toda autoridade é constituída por Deus. Eu acredito nisso. Por um momento eu esqueci. Eu fiz o vídeo pedindo perdão, acho que as pessoas não entenderam o perdão que eu pedi, acharam que eu era infiltrado, mas sou brasileiro. Não sou direita, esquerda. Só existe um caminho e todos estão a favor do bem do Brasil”, disse. 

hnt.

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