“Disparou”: Emanuel aponta “trapalhada” de Mauro e alerta que Estado está “à deriva”

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a criticar o governador Mauro Mendes (DEM) na tarde desta quinta-feira (25). Segundo ele, o chefe do Palácio Paiaguás “está perdido” na tomada de ações para combater a proliferação da pandemia do novo coronavírus.

Pinheiro, que planeja anunciar novas ações de enfrentamento ao coronavírus, disse que aguarda o anúncio do Executivo Estadual, já a Justiça havia determinado que o município deveria seguir o último decreto do Governo do Estado impondo restrições no funcionamento do comércio e também o toque de recolher a partir das 21h00 na Capital. Porém, ao explicar sobre suas ações, não perdeu a chance de alfinetar Mauro Mendes.

“Aguardando o decreto do ano do governador do Estado. Cada hora vem uma pérola”, afirmou o prefeito logo após pedir para a Polícia Civil investigar a fake news que gerou uma imensa aglomeração nesta quarta-feira no posto de vacinação contra a Covid em Cuiabá, no Centro de Eventos do Pantanal.  A fala de Emanuel é referente a proposta de implantar no Estado um “superferiado”.

O Poder Executivo Estadual elaborou um projeto de Lei antecipando feriados, e que determinava que o comércio e a indústria, em Cuiabá e Várzea Grande, ficaria dez dias fechados – entre 26 de março e 4 de abril – para conter a contaminação do Covid-19. O projeto, no entanto, sofreu forte resistência do setor econômico.

Nem nem mesmo os deputados estaduais da base aliada do governador Mauro Mendes na Assembleia Legislativa (ALMT) aprovaram o projeto – só Lúdio Cabral (PT), que faz oposição à Mendes, votou a favor. “O Governo fez uma trapalhada. Isso é o preço da arrogância, de não dialogar com a sociedade e não respeitar as pessoas e o setor econômico. Não foi a Assembleia que não aprovou. Foi a classe empresarial que reagiu”, analisou ele.

Com o “recuo” da classe política, as medidas restritivas contra o Covid-19, que podem incluir até mesmo o lockdown, deverão ser decididas na Justiça. Isso porque, desde a derrota do “superferiado” na Assembleia, é aguardada uma nova ação do Governo, que ainda não ocorreu.

Diante disso, o Ministério Público Estadual admite que pode provocar a Justiça para tomar medidas mais restritas para garantir o distanciamento social. “Não é função da Justiça. O líder da oposição foi o único que votou a favor, eu nunca vi isso. Depois vi que teve um novo decreto, depois apagou”, opinou.

Emanuel Pinheiro também sugeriu que Mauro Mendes estaria “a reboque” do governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB) – que anunciou na última quarta-feira (24) a vacinação de professores, funcionários escolares e policiais. “Meu medo é São Paulo divulgar um novo decreto e ele já querer trazer para Mato Grosso, fazendo um copia e cola. Fomos atropelados por um decreto de um Governo que não se planejou e agora está aí o resultado. Vamos ver o que vai ser desse novo decreto para ver o que faremos com Cuiabá”, ponderou ele.

Ainda de acordo com o prefeito de Cuiabá, Mato Grosso hoje “está à deriva”.

fonte;folhamax

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