|DINHEIRO PELO RALO|: MT perde mais de R$ 2 bilhões por ano devido à sonegação, aponta CPI
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Mato Grosso perde cerca de R$ 2 bilhões todos os anos com a sonegação de impostos. O apontamento foi feito pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, deputado Wilson Santos (PSD), após a aprovação do relatório final das investigações, durante as sessões que aconteceram na quarta-feira, 11 de janeiro.
Com o aval do plenário, o documento que contém mais de 10 mil páginas será encaminhado aos órgãos de controle, ao Congresso Nacional e aos governos estadual e federal, para que tomem as medidas cabíveis contra a sonegação.
“Ainda há um bom caminho para percorrermos e aperfeiçoarmos a máquina arrecadadora, aumentando as punições nos setores, apertando o cinto e fazendo com que a fiscalização aconteça de fato, in loco”, destacou.
Wilson destacou que o trabalho de apuração foi dividido em quatro áreas: mineração, combustíveis, agronegócios e frigoríficos.
Sobre o setor de mineração, além de sugerir a criação de uma taxa sobre a atividade, a CPI constatou que não há fiscalização do que é produzido e, consequentemente, dos impostos recolhidos.
“Eu não estou colocando que seja melhor fiscalizado, estou dizendo que esse setor precisa ser fiscalizado. Corre solta a produção mineral em Mato Grosso, que é autodeclarada e ninguém faz a comprovação desta autodeclaração”, apontou.
Os membros da comissão também constataram a sonegação no setor de combustíveis chega a R$ 700 milhões por ano. Os dados coletados pela CPI apontam que 80% desse valor sonegado é referente à produção de etanol.
“Nós precisamos aprovar, em breve, projeto de minha autoria que determina implantação de medidor de vazão em todas as usinas de etanol em Mato Grosso. Somente dessa forma, e com outras medidas, nós reduziremos de maneira importante a sonegação no setor de etanol, de gasolina e do diesel”, comentou.
Em relação ao agronegócio, Wilson sugeriu uma CPI específica para apurar a renúncia e sonegação que acontece no setor. Ele disse que não foi possível verificar a possibilidade de evasão fiscal durante os quatro anos de investigação da comissão.
Já em relação aos frigoríficos, os membros apontaram que há intenso tráfico de gado em pé, principalmente para os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
estadaomt.