Desespero: Filho aluga cilindro para manter pai vivo

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A família do idoso Ângelo Soares de Souza, 78, é uma das que tiveram que pagar por oxigênio para que ele não morresse em decorrência da covid19. Um dos filhos de Souza, o consultor de vendas de uma empresa de telefonia móvel, Acimar Miranda de Souza, 43, conta que durante o final de semana, a saturação do pai caiu muito e, após avaliação médica, foi afirmado que ele precisava ser internado e fazer uso de oxigenação mecânica. Porém, a família não encontrou vaga em nenhuma unidade pública da Capital.

Sem saber a quem recorrer, ele começou a ligar para as empresas que vendem e alugam cilindros de oxigênio e, no domingo (21), conseguiu alugar um cilindro por 7 dias no valor de R$ 630 e o pai começou a usar a máscara de oxigênio em casa. Ainda assim, nesta segunda-feira, os filhos continuaram procurando por uma vaga para interná-lo, já que além do oxigênio, ele precisava de cuidados médicos específicos. Uma vaga surgiu na Policlínica do Verdão, unidade onde havia o cilindro de oxigênio, mas não havia válvula para conectar à máscara do paciente. “Cedi a válvula do cilindro que aluguei à policlínica e agora meu pai está internado lá. Vou devolver o cilindro, pois outras pessoas podem estar precisando dele, mas o aluguel continuará o mesmo valor”, explica Acimar.

O outro filho de Ângelo, um policial militar de 48 anos, que também estava cuidado do pai, testou positivo para a covid. O filho dele de 11 anos, que começou a apresentar sintomas da doença, fará o teste, bem como os 4 primos (filhos de Acimar), que têm idade entre 12 e 20 anos, já que todos ficaram juntos em um mesmo imóvel.

A madrasta de Ângelo, Georgina Ferreira de Figueiredo, 65, está há 5 dias internada no antigo Pronto-Socorro, também em decorrência da covid-19. Ela apresentou agravamento no quadro clínico e foi intubada na manhã de ontem.

fonte;folhamax

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