|DESABAFO|: Vice-Prefeito de Rondonópolis cita falta de humildade de secretários de Pátio: “tenho dificuldade de fazer agenda”
DA REDAÇÃO:LEIAMT
O vice-prefeito de Rondonópolis, Aylon Arruda (PSD), tido como um nome promissor para o futuro político da cidade, detonou a “falta de humildade” de alguns secretários da gestão que faz parte, comandada pelo prefeito, Zé Carlos do Pátio (PSB).
As críticas do vice foram realizadas durante a reunião mensal dos presidentes de bairro, no último fim de semana, na sede da URAMB, e repercutiu, nesta segunda-feira (30), pelos corredores do Paço Municipal.
Aylon expôs a dificuldade que líderes de bairro, vereadores e até ele próprio encontram para conseguir um tempo da atenção dos secretários da gestão. Para o vice, não há duvida, falta humildade.
“Hoje, a gente vê muitas pessoas, que se fazem de humildes, mas de humildes não têm nada. Isso acontece na gestão pública. Vocês (presidentes de bairro) falaram que têm secretários que começaram lá embaixo e que hoje sequer atendem vereadores e o vice-prefeito. Eu tenho dificuldade de fazer agenda com secretários, que se dizem humildes. Isso é humildade? Humildade é servir, independe do cargo que a pessoa ocupa”, alfinetou.
O jovem político, que também é empresário de sucesso, lembrou seu passado e reforçou que, apesar de tudo que conquistou, nunca se permitiu perder sua essência. “Comecei com uma bicicleta, atrás de um balcão, andando de circular por essa cidade, ajudando o presidente de bairro do Jardim Oliveira, o Roxo. Ali quando vinha a chuva pela Bandeirantes arrancava até o portão do povo. Sou essa mesma pessoa até hoje. Virei empresário, virei vice-prefeito e não mudei meu caráter. Simplesmente você recebe uma promoção, vira gerente de departamento ou secretário e aí vira as costas para o povo. Isto é ser humilde?”, indagou.
Arruda citou, inclusive, que seu recua de uma candidatura em 2022 está inteiramente ligado a um respeito com o mandado em curso. Sem citar a pré-candidatura da primeira-dama, Neuma de Morais (PSB), ao mesmo cargo que ele almejava, Aylon explicou que sua vontade pessoal não podia gerar um conflito que prejudicasse a unidade da cidade.
“A cidade de Rondonópolis vem evoluindo em obras e nós não tiramos o mérito do prefeito Zé Carlos do Pátio e da equipe dele de forma alguma. Quando o prefeito me convidou pra ser parte e compor com a chapa dele eu fui, aceitei o desafio porque acreditei, naquele momento, que a gente poderia convergir e não divergir (…) Eu abri mão de uma candidatura agora, para deputado federal, contra o meu partido, para não divergir com a gestão pública. Eu sabia que se fizesse isso quem iria perder era Rondonópolis e o meu anseio não pode ser maior que o da cidade”, finalizou.
fonte;minutomt