|DESABAFO|: “No mínimo, é uma grande ingratidão”, diz Mauro sobre ida de Fávaro para a oposição
DA REDAÇÃO:LEIAMT
O apoio do senador Carlos Fávaro (PSD) à candidatura da primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) ao governo do Estado foi visto como uma demonstração de “grande ingratidão” pelo governador Mauro Mendes (União). A declaração foi feita na noite desta quinta-feira, 5 de agosto, pouco tempo após a federação de esquerda (PT, PV e PCdoB) confirmar a pré-candidatura de Márcia ao governo.
Mauro ressaltou que “ajudou muito” na eleição de Fávaro, tendo inclusive comprado uma briga com seu próprio partido e com seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos) em 2020, durante a eleição suplementar do Senado. Mauro se disse “chateado e triste” com a mudança de postura do senador, que era seu aliado até pouco tempo atrás, mas evitou falar em traição.
“Eu realmente fico chateado e triste, porque é uma ingratidão. Ajudei muito e aí, na primeira oportunidade, ele vai apoiar o outro lado”, disse Mauro, durante entrevista ao programa Resumo do Dia.
“Eu não vou entrar muito nesse mérito, mas é, no mínimo, é uma grande gratidão, porque quando você ajuda uma pessoa, você espera é que essa pessoa seja grata a você. Você ajuda um filho, você quer que um dia, quando você tiver velhinho e precisar desse filho, ele vá te ajudar”, emendou, ao ser questionado se via a escolha de Fávaro como uma traição.
A crítica contra Fávaro não se estende ao deputado federal Neri Geller (PP), que também era aliado do governador, mas resolveu migrar para a federação de esquerda neste pleito em busca de espaço para emplacar sua candidatura ao Senado.
Na mesma entrevista, Mauro afirma que não tinha nenhum compromisso com Geller e até tentou encaixar a candidatura dele em seu grupo, com a proposta de palanque aberto.
“O Neri escolheu o rumo dele, fez essa escolha, foi lá e passou para o outro lado. Acho que ele é candidato. Ele não me comunicou. Eu vi pela imprensa”, disse Mauro.
“Com relação ao Neri, não tenho compromisso com ele nem ele comigo. Ele é candidato a senador e eu a governador”, concluiu.
fonte;estadãomt