DADOS DO IBGE|: Uma em cada 3 cidades de MT perderam população; Veja aqui

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que dos 141 municípios de Mato Grosso, 51 (ou 36%) deles tiveram queda no número de habitantes em relação aos dados da análise anterior, feita em 2010. 

É uma dinâmica populacional que converge em uma dinâmica econômica

As cidades que mais perderam habitantes no Estado são Cotriguaçu, com uma queda de 26,51% na população, Guiratinga (21,32%) e Alto Paraguai (20,44%). 

Para a superintendente do IBGE em Mato Grosso, Millane Chaves da Silva, uma das possíveis causas para a diminuição populacional nessas cidades está relacionada à atratividade econômica e à oferta de trabalho.

“O que a gente percebe, e acho que essa é uma característica de Mato Grosso, é uma dinâmica populacional que converge em uma dinâmica econômica. Aqueles municípios que, em linhas gerais, estão ofertando oportunidades de emprego, eles conseguem reter a população e até captar a de outros municípios vizinhos”, explica Millane.

Conforme a superintendente, os dados desses municípios permitem concluir que a “a população economicamente ativa, em alguns municípios analisados, migraram na busca de oferta de trabalho” para cidades mais fortes economicamente, sobretudo as que tem força no agro.

De acordo com a superintendente, no entanto, ainda é prematuro “decretar” uma causa para essa perda populacional. “Entendemos que precisa de uma análise demográfica mais apurada e as próprias prefeituras também devem identificar as causas”, disse. Clique AQUI e confira o ranking.

Em contrapartida

Apesar da queda significativa na população de algumas cidades, Millane afirma que o saldo é positivo, uma vez que as outas 90 cidades registraram aumento populacional.

Millane Chaves da Silva, superintendente do IBGE-MT

O destaque ficou para Querência, que apresentou um aumento populacional de 105,39% nos últimos 12 anos. Ela é seguida por Lucas do Rio Verde (83,95%) e Nova Mutum (75,83%). 


Diferente das cidades que mais perderam moradores, as que mais ganharam têm sua economia basicamente voltada para o agronegócio.

Segundo Millane, além de ter havido uma migração interna, ou seja, de moradores de Mato Grosso indo para outras cidades do Estado, houve uma atração populacional também de outros estados.

“Ainda que tenha havido essa queda, o saldo é positivo. Dos 141 municípios, 90 aumentaram a população e somente 51 diminuíram. Então, mais da metade dos municípios de Mato Grosso observaram um crescimento da sua população”, disse.

Mato Grosso foi o terceiro Estado que mais cresceu nos últimos 12 anos, segundo o Censo, com aumento populacional de 20%, e apresentando uma das menores taxas de desemprego.

Dificuldades

Millane conta que apesar dos desafios enfrentados para a realização do Censo, como o período eleitoral, as fake news, recessos, falta de mão de obra e resistência da população em receber os recenseadores do IBGE, esse “foi um dos censos mais tecnológicos” já entregues pelo instituto.

“O IBGE trabalhou nesse Censo com todas as inovações tecnológicas, de acordo com todas as metodologias das Nações Unidas. E foi um dos censos mais tecnológicos que nós entregamos para a sociedade. Todos os domicílios foram georreferenciados durante a coleta e em todos os municípios do país”, disse.

midianews;

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