|DADOS ALARMANTES|: A cada 10 horas uma criança foi estuprada em Mato Grosso no ano passado

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública apontam que em 2022 foram registrados 870 casos, sendo que em 736 as vítimas eram meninas. 

O delegado da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Clayton Queiroz, explicou que os números reais são ainda piores, já que muitas ocorrências não são notificadas.

Segundo ele, o motivo principal é que o crime sexual é um crime que, em regra, envolve a família, e muitas vezes acaba prevalecendo a lei do silêncio.

A maioria dos casos envolve padrasto ou ‘vôdrasto’, o pai, o tio, um irmão e muitas vezes, com conhecimento da mãe da criança ou de alguém próximo.

A minoria dos casos, não chega a 1%, é causada por um estranho, que é aquela pessoa que não tem nenhum tipo de relacionamento com a criança. 

O delegado lembrou que em muitos casos a própria mãe já foi abusada e, muitas vezes, a família é desestruturada. Ele disse ainda que existem casos em que o abuso é “normalizado” e quando o crime é registrado em uma delegacia, geralmente é porque chegou ao conhecimento de alguém que não concorda com a situação. 

Clayton Queiroz lembrou que pela legislação, uma criança com menos de 14 anos não tem “querer”, nesses casos o desejo dela não conta. Desde um toque inapropriado até o ato sexual, com ou sem uso de violência, é considerado estupro de vulnerável.

O delegado alertou que quando a criança revela para a mãe que está sendo vítima de abuso ou agressão e a mãe não faz nada, silencia, ela também passa a ser autora do crime.

sápicua.

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