|CHACINA EM SINOP|: “Covarde maldito, atirou pelas costas; meu marido não merecia”

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A esposa de Josué Ramos Tenório, de 48 anos, uma das vítimas da chacina de Sinop, usou as redes sociais para falar da indignação que ainda a assola diante da morte “cruel” e “covarde” do marido, atingido pelas costas.

Malditos assassinos, esses covardes se revestiram de um poder dado por uma arma maldita. Eles foram lá se achando os donos da vida e deceparam a vida de sete pessoas covardemente

“Malditos assassinos, esses covardes se revestiram de um poder dado por uma arma maldita. Eles foram lá se achando os donos da vida e deceparam a vida de sete pessoas covardemente”, afirmou Mariza Dias, em um vídeo em suas redes sociais.

“Meu esposo tinha muita vida, era saudável, era feliz […]. Ele não merecia passar por aquilo. Nos foi tirado de uma forma brutal, cruel, sem chance de defesa”, completou.

Algo que causou especial revolta em Mariza foi uma das falas da defesa ventiladas à imprensa.  A de que Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, um dos autores da chacina, não teria tido a intensão de matar uma menina de 12 anos que estava presente no local.

“De certa forma me senti indignada, porque eu senti que ele quis dizer que as outras vítimas ele quis matar”, afirmou.

“Ele queria matar sim, se ele não quisesse não teria ido com uma arma de um calibre pesado. Ele deu um tiro pelas costas do meu marido, no qual um tiro só se tornaram 11 perfurações. Como ele não queria matar com uma arma daquelas?”, disse Mariza.

Josué era comerciante de frutas em Rondonópolis e estava apenas de passagem em Sinop, a trabalho. Ele era amigo do proprietário do bar em que o crime aconteceu e conhecia os autores do crime.

O comerciante apenas parou para assistir uma partida de sinuca apostada entre Edgar e uma das vítimas. O atirador levou a pior e não aceitou a derrota. “As vítimas não deviam nada”.

“O Josué era uma pessoa maravilhosa, do bem, só ajudava as pessoas. Era honesto, nunca foi preso, não tem antecedentes criminais. Josué não tinha inimizades com ninguém, ele era um homem integro um pai abençoado. Um companheiro maravilhosos”, disse.

Se deleitando

Mariza não conseguiu ver as imagens do massacre que terminou com sete pessoas mortas na última terça-feira (21), mas lhe foram relatados os detalhes e a dinâmica da cena.

Ele estava com o cigarro na boca como se ele estivesse no lazer, como se ele estivesse se deliciando com a morte de cada um deles

Segundo ela, a maneira como as coisas aconteceram mostraram certa satisfação dos criminosos.

“Ele estava com o cigarro na boca como se ele estivesse no lazer, como se ele estivesse se deliciando com a morte de cada um deles”, disse.

Planejava se aposentar em 2 anos

Josué tinha planos de curtir a vida ao lado da família, seu projeto, segundo Mariza, era trabalhar por mais dois anos. “No dia dessa maldita chacina ele me mandou um áudio e falou, ‘eu só vou trabalhar mais dois anos, até os 50, e depois eu vou parar, vou ficar tranquilo’”.

“Ele não matou só o meu marido, um homem de bem trabalhador, ele matou a família inteira. Ele acabou com a minha família. A gente está com o psicológico destruído”.

Edgar foi preso e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com policiais militares do Bope.

“De certa forma a justiça esta sendo feita. Espero que ele pague pelo que ele fez e não se faça de vítima, que não venha a se vitimizar”.

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *