|BLOQUEIOS X PROTESTOS|: Advogada “direita raiz” é um dos alvos de operação da PF em MT
DA REDAÇÃO:LEIAMT
A advogada Analady Carneiro da Silva também foi alvo da Operação Desbloqueio, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (15), em sete estados, incluindo Mato Grosso, contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A reportagem apurou que ela está na sede da Polícia Federal, localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, prestando depoimento.
Além dela, o empresário e ex-candidato a deputado estadual Rafael Yonekubo (PTB) também foi alvo de busca e apreensão. Ambos tiveram os celulares apreendidos pela PF.
O oficial da reserva do Exército Adavilson Azevedo (PL), candidato derrotado a deputado estadual em 2022, também foi alvo de busca e apreensão.
Bolsonarista, Adavilso foi um dos organizadores da motociata que recepcionou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no aeroporto de Várzea Grande em abril deste ano.
Em todo o Brasil, estão sendo cumpridos 81 ordens judiciais. A PF também faz buscas nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina.
Além das buscas, Moraes também ordenou o bloqueio de redes sociais de diversos alvos e contas bancárias dos investigados.
“Bolsonarista raiz”
Apoiadora declarada de Jair Bolsonaro, a advogada foi candidata a deputada federal nas eleições deste ano pelo PTB e teve 1,4 mil votos.
Em sua página no Instagram, ela se classifica como “bolsonarista” e “direita raiz”.
Nas redes sociais, ela chegou a compartilhar fotos com o presidente e tweetou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria mandado “sequestrar” o líder indígena Sererê da tribo Xavante, preso na segunda-feira (12) após determinação do ministro.
Analady também compartilhou ataques contra ministros do TSE e STF.
“O povo brasileiro está fazendo manifestação pacífica, ordeira e o ministro Alexandre de Moraes manda sua PF ir até ao Palácio Alvorada SEQUESTRAR o Cacique Sererê da tribo Xavante e prende-lo por dizer verdades e lutar pela nossa liberdade”, escreveu Analady.
Atos
Mato Grosso tem sido um dos epicentros dos atos que tiveram origem após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No último dia 7, Moraes já havia multado em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões identificados pelas autoridades de Mato Grosso envolvidos em atos.
Moraes também tornou esses veículos indisponíveis — ou seja, proibiu a sua circulação e bloqueou seus documentos. A decisão ocorreu após ele ter determinado a adoção de providências para o desbloqueio de rodovias e espaços públicos no estado.
midianews.