ARRASTADA PELA RUA|: Preso bateu cabeça da vítima no chão até matá-la, diz PJC
DA REDAÇÃO: LEIAMT
Wellington Honorato dos Santos, 32, disse que após uma discussão, bateu a cabeça de Bruna Oliveira, 24, no chão até ela desfalecer. Ao perceber que ela estava morta, pensou em como iria se livrar do corpo da vítima, amarrando na motocicleta e arrastando até o valão onde ela foi jogada. O crime aconteceu em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá).
Em entrevista à imprensa, a delegada Renata Evangelista, da Delegacia de Defesa da Mulher, disse que ouviu o suspeito e, em depoimento, ele alegou que no dia do crime estava fazendo o uso de cocaína e álcool com a vítima.
“Após uma discussão, ele teria voado no pescoço dela com as duas mãos, lançado ela no chão e batido com a cabeça no chão até ela desfalecer. Nesse momento, entendeu que tinha matado ela e que precisava tirar o corpo”, disse ela.
Wellington pegou uma corda, amarrou no pescoço de Bruna e prendeu na motocicleta. “Disse que foi uma única ideia que teve, já que não ia conseguir carregar. Então ele arrastou o corpo até a vala, onde foi jogado”. Além disso, o preso alegou que estava em “surto”.
Delegada Renata afirmou que o crime se deu por ela ser mulher, pela condição do sexo feminino. O fato de Bruna ter sido presa por tráfico de drogas e usar tornozeleira eletrônica, é irrelevante. “É um feminicídio sim”.
Wellington já respondia por violência doméstica em Alagoas (AL) e não tem ligação com nenhuma facção criminosa.
Mudança
Depois de abandonar o corpo, ele voltou para o conjunto de quitinete e lavou a casa, que estava suja de sangue. Em seguida, com a ajuda de um veículo S-10, fez a mudança.
Os móveis foram levados para a casa do tio, que já foi ouvido pela polícia e afirmou que não sabia que o sobrinho tinha cometido o crime. Wellington ainda não passou por audiência de custódia e vai responder por feminicídio.
O crime
Na noite de domingo, a equipe plantonista da Polícia Civil de Sinop foi acionada para atender a ocorrência de localização de cadáver de uma mulher, no bairro Parque das Araras, sendo também acionada as equipes da perícia técnica e do IML.
O corpo foi localizado dentro de uma valeta em área de mata fechada, fazendo margem com a Rua das Orquídeas. A vítima estava com uma corrente enrolada no pescoço, presa com um cadeado, com rigidez cadavérica e marca de degola.
Após a perícia, o Corpo de Bombeiros fez a remoção da vítima da valeta e o corpo encaminhado ao IML para necrópsia. Segundo informações de familiares, no último sábado (01), a vítima havia saído com o suspeito e não foi mais vista.
Familiares entraram em contato com Wellington, que disse que deixou a vítima em casa por volta das 22 horas. No domingo, parentes da vítima foram até a casa do suspeito, porém, ele já havia se mudado e do lado de fora do apartamento havia sangue pelo chão, embora já tivesse sido jogada água.
Desconfiado do que pudesse ter ocorrido, o irmão da vítima passou a procurar por ela nas proximidades, encontrando o corpo jogado na valeta. (Com informações da PJC)