|ALERTA|: Tempestade de poeira atinge zona rural de Cáceres (MT) e dia vira noite na fronteira com a Bolívia
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Uma tempestade de poeira atingiu a zona rural de Cáceres, a 250 km de Cuiabá, nessa sexta-feira (15) e fez o céu escurecer no meio da tarde. Moradores das propriedades que ficam na região de fronteira com a Bolívia fizeram registros do fenômeno.
Segundo os moradores, a nuvem de poeira começou no meio da tarde e foi avançando rapidamente. O vento forte deixou os moradores apreensivos.
Tempestade de areia atinge MT e dia vira noite na fronteira com a Bolívia
No outro lado da fronteira, na cidade de San Mathias, na Bolívia, moradores também fizeram registros mostrando o céu escurecendo com a tempestade. Segundo os moradores, em questão de minutos, o dia virou noite.
Fronteira de MT e Bolívia é tomada também pela tempestade de areia
Nas imagens de Cáceres (MT), um morador fala que as cinzas e a fumaça deixaram a região toda escura antes de anoitecer. Ele afirma que eram 16h quando o céu escureceu.
Tempestade de areia atinge casas na zona rural de Cáceres (MT) e dia vira noite na fronteira com a Bolívia — Foto: Reprodução
Segundo a coordenadora da Defesa Civil de Cáceres, Andrelina Magali, a tempestade foi uma mistura de poeira, fumaça e cinzas das queimadas dos últimos dias na região.
“Houve também algumas casas que sofreram destelhamento em algumas regiões. Estivemos na Serra do Mangaval, onde uma família teve uma casa toda destelhada. Mas na Defesa Civil não chegou nenhuma ocorrência alarmante, a não ser nessa região rural de fronteira. O cheiro da fumaça era tão forte que chegava aqui na zona urbana”, conta.
Tempestade de areia atinge casas na zona rural de Cáceres (MT) e dia vira noite na fronteira com a Bolívia — Foto: Reprodução
O temporal chegou logo após a tempestade de areia chegar na fronteira. O climatologista Rodrigo Marques afirma que a tendência é que aconteça cada vez mais esse tipo de fenômeno.
“Essas tempestades que são comuns agora no início da estação chuvosa costumam a ter ventos muito fortes. Como nós viemos de dois anos muito secos, os solos estão também mais secos. Em setembro, quando o solo é preparado para o plantio, essas partículas ficam dispersas, soltas. Quando há ventos muito fortes, essas rajadas de vento suspendem as partículas do solo. A tendência, com a diminuição das chuvas, é que esse tipo de evento possa se tornar mais comum com o passar dos anos”, explica.
fonte;g1