Reprovado: ‘Poder do governador não é absoluto’, diz Mauro Mendes em artigo após deputados votarem contra feriadão em MT

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, na tarde desta terça-feira (23), que o poder do governo estadual não pode se sobrepor à democracia. A declaração de Mauro foi feita em um artigo divulgado pela assessoria dele, após os deputados estaduais rejeitarem o projeto enviado pelo Poder Executivo que previa a antecipação e cinco feriados, fazendo assim um “feriadão” de 10 dias no estado.

“O projeto não foi aprovado, infelizmente. Estamos numa democracia e o poder do governador não é absoluto. Tentamos e continuaremos a tentar fazer aquilo que é certo e respaldado na ciência. Com ou sem feriados, quero pedir a colaboração de todos para que nos esforcemos para praticar e reforçar o distanciamento social, porque o momento exige isso para salvarmos a sua vida, a vida da sua família e das pessoas que você ama”, disse ele.

O governador cita ainda o número de mortes registradas nessa segunda-feira (22), quando MT bateu recorde de óbitos por Covid-19: 125.

“Batemos recorde de mortes diárias, chegando a 125 nesta segunda-feira. Essas vidas, meus amigos, não voltam. E a dor dos amigos e familiares é sentida por toda a vida”.

O governador também falou sobre as estatísticas que apontam que MT é o estado brasileiro com o menor índice de adesão ao isolamento social por parte da população, de acordo com o Mapa Brasileiro da Covid-19 e disse que isso reflete diretamente no contágio e, por consequência, nas mortes.

“Peço para que não façam festas ou aglomerações, porque isso irá prolongar o sofrimento que todos nós estamos passando. Quanto mais rápido conseguirmos baixar a ocupação de UTIs, reduzir o contágio e as mortes, mais rápido poderemos retornar à nossa vida nesse novo normal”, afirmou.

Segundo Mauro Mendes, o estado aumentou as multas para pessoas e empresas que aglomerarem, triplicando o valor para quem reincidir e apostando no fechamento dos estabelecimentos de quem descumprir as normas.

O governador destacou também a falta de profissionais para atenderem na linha de frente contra a Covid-19.

“O problema não é dinheiro, meus amigos. Temos recursos para abrir outras centenas (de UTIs). Mas dependemos de profissionais de saúde, que estão escassos, que estão trabalhando no limite. Precisamos de remédios para UTIs, que dependem do governo federal. E de vacinas, que estão chegando aos poucos. Estamos negociando com laboratórios para aquisição direta de vacinas, agora que recebemos a permissão de compra pela Justiça e pelo governo federal, mas não é um processo que ocorre do dia para a noite”.

fonte;g1mt

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