“O Golpe tá ai”: Mulher é presa por vender “falsa galinhada” beneficente em MT
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Uma mulher que estava aplicando golpes em Nova Xavantina (645 km a leste de Cuiabá) foi presa pela Polícia Civil do município na manhã desta sexta-feira (05.03), durante investigação para apurar denúncia sobre a venda falsa de um almoço “galinhada beneficente”, que seria realizado para ajudar uma suposta criança com câncer.
A suspeita de 38 anos e com passagens anteriores pelo mesmo crime foi autuada em flagrante pela prática de estelionato.
As diligências iniciaram logo após a proprietária de um buffet procurar a Delegacia de Polícia para informar que uma pessoa estava de usando o nome do seu estabelecimento comercial como sendo o local do evento beneficente.
De acordo com a comunicante, a pessoa estava vendendo uma galinhada solidária que aconteceria no dia 22 de março (em uma segunda-feira e dia considerado incomum para eventos) em prol do tratamento de uma criança com câncer, porém o seu espaço comercial não havia sido alugado para o respectivo evento, que também não poderia ser realizado em razão da proibição de aglomeração por conta da pandemia causada pela Covid-19.
Ela informou também que a pessoa teria confeccionado os convites e vendido 300 ingressos, além de ter procurado a gráfica para produzir mais 300 ingressos, os quais estavam sendo vendidos pelo valor de R$ 15 cada.
Com base nas informações, os policiais civis iniciaram as diligências para esclarecimento dos fatos, quando localizaram a suspeita na região central da cidade. Ela foi conduzida à Delegacia de Nova Xavantina para prestar esclarecimentos, sendo constatadas as passagens anteriores pelo crime de estelionato.
O mesmo tipo de golpe foi praticado pela suspeita no ano de 2018, no município de Tesouro, quando ela vendia rifas que dizia ser beneficentes, porém eram falsas.
Diante das evidências de prática criminosa, a mulher foi autuada em flagrante pelo crime de estelionato. Após a confecção dos autos, foi arbitrada a fiança no valor de R$ 3 mil, em razão da gravidade e prejuízo coletivo causado pela suspeita.
No entanto, a presa não efetuou o pagamento da fiança alegando que não tinha condições financeiras, sendo então transferida para a Cadeia Pública de Nova Xavantina, à disposição da Justiça.