“Caos à vista”: Enfermeiros temem que MT vire “novo Amazonas” e exigem lockdown em 13 cidades

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Mato Grosso (Sinpen-MT) encaminhou um ofício ao Ministério Público pedindo que o órgão recomende a imposição do lockdown em cidades com nível alto de contágio do novo coronavírus no Estado. No documento, os enfermeiros alertam que os mato-grossenses podem viver a mesma situação do Amazonas, que recentemente enfrentou o caos na saúde pública com falta de leitos de UTIs, se nenhuma medida for adotada.

Na nota, assinada pelo diretor do Sinpen, Dejamir Souza Soares, nesta quinta-feira (25), o sindicato aponta que mais de 80% dos leitos de UTIs destinados a Covid-19 estão ocupados no Estado. Segundo o sindicato, os números mostram ainda que nos últimos dias houve um crescimento vertiginoso no número de óbitos e casos motivadas pela covid-19.

“O que se viu desde o início do mês de fevereiro e mais especificamente nessa última semana do mês de fevereiro/2021, foi o aumento significativo do número de infectados, de internações e de óbitos”, cita. 

A nota coloca ainda que, no último boletim emitido pela Secretaria Estadual de Saúde, Cuiabá, Várzea Grande e outros 13 municípios estão com nível alto de contaminação. Diante disso, a categoria crItica a falta de ações por parte do Executivo para impor medidas restritivas mais rigorosas para conter o avança da doença.

Os municípios classificados com alto risco de contaminação devem decretar a proibição de qualquer atividade de lazer ou evento que cause aglomeração; proibição de atendimento presencial em órgãos públicos além de adotar medidas preparatórias para a quarentena obrigatória. Vale lembrar que o último decreto do governador Mauro Mendes (DEM) proibiu as festividades do carnaval no âmbito de Mato Grosso. 

No entanto, os prefeitos de cada cidade têm a prerrogativa de definir as medidas de enfrentamento a proliferação da Covid-19. “E mesmo com a dramática situação que se aproxima, não se identifica nenhuma medida mais efetiva para conter a propagação do vírus, mormente diante do franco funcionamento das atividades comerciais em todo Estado, da liberação irrestrita de festas, ainda que os prognósticos apontem para a necessidade imediata de recrudescimento das medidas de isolamento social, o que provocará nas próximas semanas o colapso do sistema de saúde do Estado de Mato Grosso, podendo levar a situação da saúde ao caos vivido no Estado do Amazonas nos primeiros meses do ano”, cita.

A categoria diz ter legitimidade em fazer o pleito, já que atua na linha de frente no atendimento aos pacientes. Além do lockdown, os enfermeiros pedem a construção de hospitais de campanha e adaptação de estabelecimentos para disponibilização de novos leitos de UTI.

“No mesmo sentido, mesmo após a experiência vivida no ano passado, não houveram esforços dos entes púbicos para estruturar a rede de saúde pública com o objetivo de se preparar para a segunda onda da pandemia que, pelos estudos científicos, era esperada, a exemplo da gripe espanhola que teve três ondas antes do vírus arrefecer”, pontuou.
A pedido será analisado pela Procuradoria de Justiça de Mato Grosso. 

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fonte;folhamax

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