Agricultura Familiar: Produtores de leite se queixam do alto preço de insumos e importação de lácteos

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Com a queda no preço do leite por litro, o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) se reuniu com os produtores de leite Ronaldo Marques, João Manoel Portela, Francielly Rodrigues e José Ronaldo, que atuam na região de Rondonópolis e municípios vizinhos, para tratar sobre essa situação. Eles apontaram as dificuldades enfrentadas e reivindicaram soluções com a baixa valorização da atividade que não compensa o custo da produção. No encontro, participaram o vereador Marisvaldo Gonçalves (PSL) e o deputado federal José Medeiros (Pode) por meio de conferência por telefone.

De acordo com o produtor Ronaldo, a cooperativa enviou um comunicado que haveria a redução do preço do leite. Para ele, não compensa a produção diante do alto custo da ração, combustível e energia para gerar a matéria prima. “Os produtores de leite estão passando por uma situação complicada. A maioria é da agricultura familiar, depende desta produção do leite para sobreviver. Isso vai gerar um desemprego, o pessoal não tem como produzir leite na situação que está hoje. O preço está caindo no Brasil, não só em Mato Grosso, porque a importação de leite para a Argentina está demandando no Brasil. Nós não temos nenhum mecanismo para segurar. Isso derruba o preço do nosso”, preocupa.

Ele acrescenta que é preciso ter meios para diminuir a quantidade de leite que entra no país, pois inviabiliza a produção dos produtores brasileiros. “Precisamos do apoio da frente parlamentar para ver essa situação para pressionar o nosso governo federal. Está incompatível com o custo e o preço recebido”, ressalva Ronaldo que informou que neste mês, o preço base da venda do leite por litro foi de R$ 1,36 e em abril será de R$ 1,26 para os fornecedores.

Intervenção

Medeiros se dispôs a se reunir com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, para verificar as possíveis interferências da importação de lácteos e a situação do custo da produção de produtores de leite em Mato Grosso. “Eu realmente não estava sabendo desta situação. Eu pensei que este assunto já tinha resolvido. Essa conversa a gente já tinha tido, desde a época que Blairo Maggi estava lá. Queriam até importar da Nova Zelândia. Vou ver isso, pois precisamos saber o que está acontecendo. Essa questão de câmbio, às vezes, arrebenta de um lado, também, do outro. Tem que ter um certo equilíbrio”, posiciona o deputado federal.

Em relação à energia elétrica, Ronaldo explica que é um dos itens mais caros para o produtor de leite. “Se você tirar leite, tem um a três motores elétricos que gastam energia. Este custo, a maior parte é o imposto. Precisávamos resolver a redução do imposto para o produtor. A energia fica cara pela quantidade de equipamentos que são usados. Para manter a qualidade do leite, dependemos disso”, comenta o produtor.

O deputado Claudinei se dispôs a verificar junto com representantes da Energisa se há algum tipo de cadastro que possa beneficiar o produtor rural e verificar a possibilidade de uma solução junto à instituição para amenizar o imposto da energia. Ele também fará a articulação junto com outros parlamentares federais para verificar a situação da importação de lácteos no Brasil.

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