CRIANÇA ESTÁ VIVA|: ‘Caso que causa um choque’, diz delegado sobre grávida morta e enterrada no quintal
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Trágico final do desaparecimento da jovem Emilly Azevedo Sena, 16, chocou até mesmo os policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela estava grávida de 9 meses, foi atraída pelos assassinos, morta e teve o filho retirado do ventre. A criança está viva e internada em uma unidade de saúde da cidade. 4 pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no crime.
“É uma ocorrência que foge da nossa rotina. Não é usual ver uma gestante morta, ainda mais uma gestante que teve o ventre aberto e o filho retirado vivo. É um caso que causa um choque”, disse o delegado Caio Albuquerque, que atuou na cena onde o corpo foi encontrado, em uma casa do Jardim Florianópolis, em Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (13).
Ainda não está claro como Emily foi morta, mas, segundo Albuquerque, os criminosos fizeram a vítima ficar inconsciente para “perder a mobilidade”, depois, cortaram a barriga e retiraram o bebê. Emilly estava com as mãos amarradas e com um pedaço de fio de energia no pescoço. Segundo o delegado, não há indicativos de que a morte tenha sido por arma de fogo ou arma branca. No local, foram encontradas facas. A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) passou horas na casa para saber a dinâmica do crime.
“Queremos saber onde foi o ponto de imobilização dessa mãe, se há vestígios de sangue, entender onde começou a agressão até resultar na ocultação do cadáver”, ressaltou o delegado, que já está em posse de imagens de câmeras que mostram Emilly descendo a rua de forma “tranquila” até chegar na casa onde foi morta.
O delegado destaca ainda que “uma barbaridade dessas” não se trata de um crime de “uma mão só”, tanto é que 4 pessoas já estão presas em flagrante e vão responder pelos crimes de forma individualizada. Os apontamentos vão acontecer no decorrer da investigação.
Os presos são todos familiares. Na casa, dois homens presos foram ouvidos pelos policiais. Um deles afirmou que “desconhece o caso”. O outro teria dito que só participou da limpeza do local. “Caso é grave. Todos vão tentar escapar de uma forma, mas é um crime de muitas mãos”, finalizou.
O caso
Conforme noticiado pela reportagem, Emilly saiu de casa no final da manhã de quarta-feira (12), no bairro Eldourado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal.
Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida.
A mulher relatou a equipe médica que deu à luz em casa. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento.
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