MATOU PARA ESPIAR CELULAR|: Juíza mantém prisão de homem acusado de matar ex e deixar cadáver com crianças

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A juíza Janaína Cristina de Almeida da Vara Criminal de Diamantino (182 km de Cuiabá) manteve a prisão preventiva de José Edson Douglas Galdino Santos. A decisão foi proferida na terça-feira (9). Ele é acusado de matar a ex-companheira, Lorrane Cristina de Lima, com 12 facadas e abusar sexualmente do corpo, no dia 13 de março. Depois do crime, ele abandonou os filhos da vítima com o cadáver e fugiu para o Pará.

Para fundamentar sua decisão, a magistrada relembrou que o crime foi praticado por motivo torpe, de forma cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de citar que o acusado já possuía antecedentes criminais pelo delito de ameaça contra uma ex-namorada em Lucas do Rio Verde (331 km da Capital). Dessa forma, se posto em liberdade José Edson ofereceria risco a ordem pública.

“Logo, permitir que o acusado responda ao crime em liberdade só contribuiria para manter em risco a ordem pública, aumentando o sobressalto da população, de modo que, certa a materialidade e havendo indícios de autoria do delito, legítima se afigura a manutenção da prisão a fim de resguardar a ordem pública e a aplicação da lei penal. Desse modo, nos termos do parágrafo único do artigo 316 do CPP, não há nada que, neste momento, afaste o aspecto cautelar e provisório da prisão preventiva do denunciado JOSE EDSON DOUGLAS GALDINO SANTOS permaneça na modalidade de prisão em que se encontra”, traz trecho do processo.

Nos autos, a magistrada ainda redesignou a audiência de instrução e julgamento do acusado, que estava prevista para acontecer no dia 9 de julho. No entanto, a defesa de José Edson citou problemas de saúde e pediu uma nova data. Agora, o procedimento processual será realizado no dia 16 de agosto, de forma virtual, através da plataforma Microsoft Teams.  

O CASO

Lorrane foi morta com requintes de crueldade após se recusar a entregar o celular desbloqueado ao acusado, que queria ler as conversas no WhatsApp dela. O corpo ficou trancado na residência onde ocorreu o crime junto com os filhos da vítima, de 5 e 7 anos.

Depois de cometer o crime, o suspeito fugiu e foi preso no município de Rurópolis, no Pará, tentando comprar uma passagem de ônibus na rodoviária, no dia 19 de março.

Em depoimento, José confessou o crime. Ele disse que, durante a madrugada, após Lorrane negar a entrega do celular desbloqueado ao acusado, ele começou a agredi-la.

Ela foi morta com ao menos 12 facadas, no tórax e nas costas. Depois de matá-la, o acusado disse às crianças que iria comprar remédios para Lorrane, trancou a residência e fugiu.

Um laudo preliminar confeccionado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que o acusado pode ter cometido necrofilia, ou seja, mantido relação com Lorrane depois de tê-la assassinado.  

Hnt.

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