CRIME BRUTAL|: “Uma verdadeira cena de terror”, diz padre amigo de vítima dos assassinatos em Peixoto de Azevedo

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O padre José Roberto, amigo de Rui Luiz Bogo, de 68 anos, uma das vítimas da ofensiva que terminou em dois assassinatos em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), ocorridos no último domingo (21), classificou o momento vivido como “uma verdadeira cena de terror”. Ele estava na casa invadida por Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki Dal Poz, que entraram já atirando contra as vítimas. Os disparos acabaram matando dois idosos e atingindo o vigário na mão. O padre José Roberto já passou por cirurgia e está em recuperação. A motivação do crime seria um desentendimento a respeito de um imóvel alugado na cidade. Os atiradores haviam fugido depois do crime, mas se entregaram à polícia na tarde desta terça-feira. 

“Uma verdadeira cena de terror. Aquele senhor em que ela atira, o senhor Pilson, ele é o sogro do dono da casa, que seria o possível alvo, [que] seria o senhor Ineci, nosso amigo ‘Polaco’. Dá para ver na imagem que quando eu corro eu passo por ele [Polaco]. Ela [Inês] atira em mim sobre o sofá e ele [Pilson] cai ao meu lado e todo sangue dele começa se esvair por baixo do sofá e encharcar a minha camisa (sic)”, disse o padre José Roberto, em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta quarta-feira. 

Conforme já reportado pelo HiperNotícias, o padre foi atingido por um tiro na mão. Na casa havia 10 idosos e alguns deles jogavam cartas no momento em que Inês invadiu e atirou contra as vítimas. Segundo as informações repassadas pela Polícia Civil, até o momento, a principal linha investigativa é de que o crime tenha relação com uma briga relativa a um contrato de aluguel. A confusão entre Inês Gemilaki, então locatária do imóvel, e o proprietário da casa foi parar na Justiça. 

CENA DOS FATOS

O religioso ainda deu todos os detalhes de como ocorreu a situação. Ele afirmou que Inês foi quem efetuou os disparos, assim como mostram as imagens de câmeras de segurança da residência.  

“Era aniversário do dono da casa, o senhor Ineci (Polaco). A festa em si se deu no sábado à noite, mas, no domingo, houve um almoço para os amigos, as pessoas mais próximas. Além do Ineci ter me convidado, o Rui Bogo, de quem sou muito amigo, me convidou. Tive missa às 7h e 9h da manhã. Cheguei à residência um pouco antes do meio-dia. Almoçamos e os familiares do senhor Ineci viajaram para o Pará, e nós ficamos conversando”, disse. 

“Por volta de 15h, começamos uma partida de canastra, bastante popular aqui entre nós. Assim que começamos […], escutei os estampidos. O Bruno [filho de Inês] atirando e gritando que era vigança pela Inês, que até então, eu não sabia quem era, não conhecia. Ele [Bruno] atirou nos vidros. Quando olho para trás e vejo ele [Bruno] com uma 12 [arma] de repetição, corro para atrás do sofá e fico de bruços, quando a Inês entra atirando. Ela [Inês] que mata as pessoas”, completou.  

O padre José Roberto passou por cirurgia e já recebeu alta hospitalar nesta terça-feira, também como reportou o HNT. Contudo, ele  afirmou estar muito abalado com a situação, agravada com a perda do amigo, o Rui. 

“Fisicamente, graças a Deus, bem! A cirúrgia foi bem sucedida. Estou em tratamento, já tive alta. Mas, emocionalmente, muito abalado porque perder um amigo como era o Rui Bogo, de uma forma tão trágica, abala muito. O tempo vai passando e emocionalmente a gente não melhora, piora. As cenas vão vindo cada vez mais fortes na nossa mente”, finalizou. 

hnt.

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