CRIME EM RONDONÓPOLIS|: Defensoria cobra rapidez em investigação sobre assassinato de pessoas em situação de rua
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Após os assassinatos de dois homens em situação da rua e a tentativa contra outros dois, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (27), em Rondonópolis, a Defensoria Pública da Mato Grosso (DPMT) emitiu uma Nota de Repúdio e um ofício, solicitando celeridade nas investigações sobre a autoria dos crimes e reforço na segurança e proteção daqueles que estão em situação de rua.
Além de pedido de providências, feito por meio do por meio do Grupo de Atuação Estratégica em Defesa da População de Rua (Gaedic/Pop Rua), também será solicitado por meio de ofício, que Prefeitura de Rondonópolis adote medidas para manter o serviço do Centro POP em condições de segurança para trabalhadores e usuários do equipamento público.
Na Nota Pública assinada em conjunto pela DPMT, Defensoria Pública da União (DPU), pela Ouvidoria-Geral da DPMT e pelo Conselho Estadual dos Direitos Humanos (CEDH/MT), os órgãos repudiaram o crime e expressaram preocupação com a situação.
William Ferreira de Oliveira Filho, 25 anos, e Odinilson Landvoidt de Oliveira, 41, foram mortos quando dormiam, na avenida Bandeirantes. Já Thiago Rodrigues Lopes, 37, e Oziel Ferle da Silva, 35, foram feridos, socorridos e estão hospitalizados.
A defensora afirma que recebeu a notícia com grande preocupação diante do fato de Rondonópolis ser o segundo maior município de Mato Grosso, e segundo município em número de população de rua atualmente, 395 pessoas cadastradas. E lembra que mesmo estando em situação de rua, essas pessoas não perdem nenhum de seus direitos de cidadão.
“É importante ressaltar que, apesar do preconceito que criminaliza a pobreza, as pessoas em situação de rua são titulares de direitos e devem ter suas vidas protegidas com políticas habitacionais, de saúde, de trabalho, de segurança pública e todas as necessárias a uma vida digna. Neste momento, esperamos que as instituições se comprometam com a célere investigação e responsabilização dos culpados por esse crime bárbaro”.
Rosana lembra ainda que o Estado e Municípios devem efetivar o Decreto 7053/09, que estabelece a Política Nacional para População em Situação de Rua e criem condições para que essas pessoas saiam das ruas por meio de políticas públicas de acesso à moradia, à saúde e ao trabalho.
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