Rondonópolis: Estudo aponta que 8,6% da população foi infectada pelo coronavírus
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Um estudo elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), em parceira com as Secretarias Municipais de Saúde, Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), apontou que 8,6% dos moradores de Rondonópolis já foram infectados pelo coronavírus.
Esse apontamento é feito com base em uma pesquisa soro epidemiológica, sendo realizado com o intuito de encontrar o percentual da população que já contraiu a Covid-19 em Mato Grosso e saber o status da imunidade coletiva.
Como já amplamente divulgado, o número real de pessoas infectadas deve ser bem maior que o oficial, considerando que muitas são assintomáticas ou não fizeram o exame para diagnosticar a doença.
Com o levantamento, realizado entre setembro e outubro de 2020, a SES pretende mapear o nível de infecção da Covid-19 no Estado. Agora, se levar em consideração a população de Rondonópolis (236.042 conforme estimativa do IBGE) e o número de casos oficiais da Covid-19 na cidade (13.504) até ontem (03), o percentual de infecção atual em nosso município é de 5,6% da população, bem abaixo da estimativa de 8,6% do estudo.
Embora a cidade registre mais de 13 mil casos de covid e figure na segunda colocação no Estado entre os municípios com maior número de pacientes infectados, ficando somente atrás de Cuiabá, a prevalência do vírus em Rondonópolis, quando se fala em avaliação soro epidemiológica, não ficou no topo da lista.
Em Mato Grosso, 10 cidades foram avaliadas na pesquisa. O município de Várzea Grande apresentou a maior prevalência com 24,3%, seguido de Cuiabá (17,5%), Sinop (13,6%), Barra do Garças (12,9%), Cáceres (12,8%), Juína (10,4%), Tangará da Serra (9,7%), Água Boa (8,7%), Rondonópolis (8,6%) e Alta Floresta (7%).
A prevalência de anticorpos no conjunto dos municípios avaliados foi de 12,5%, variando de 7,4% a 24,3% entre as cidades. Com isso, para o Governo do Estado, é correto afirmar que cerca de 12,5% da população mato-grossense foi infectada pelo coronavírus, possibilitando uma análise mais ampla do que tendo como base os dados oficiais.
“A prevalência, quando maior do que 10%, já representa um volume grande de transmissão ativa. Significa que um considerável número de pessoas circula em estágios diferentes da infecção e que, por outro lado, ainda existe um grande número de pessoas suscetíveis à infecção.
A pesquisa possibilita uma clareza maior para a tomada de decisões relacionadas à gestão da pandemia e auxilia na elaboração de soluções”, disse Juliano Melo, epidemiologista e secretário adjunto de Vigilância e Atenção à Saúde da SES.
A moderada prevalência de pessoas infectadas no estado significa que ainda existe uma grande quantidade de indivíduos em risco de adquirir a doença enquanto não estiverem disponíveis vacinas efetivas, sendo importante a manutenção das ações de prevenção.
fonte;atribunamt