|ALERTA VERMELHO|: UTIs lotam e MT fica sem nenhum leito para casos graves de covid
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Após vários meses de trégua com o coronavírus, Mato Grosso volta a viver momentos dramáticos devido à nova onda de contágios. A rede pública de saúde já não tem mais nem um leito de UTI disponível para tratar dos pacientes com casos graves da doença. A informação consta no Painel Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), atualizado na tarde desta quinta-feira, 15 de dezembro.
A última vez que o estado ficou sem leitos de UTI para pacientes com covid-19 foi durante o auge da segunda onda, nos primeiros meses de 2021. Na ocasião, haviam mais de 480 leitos disponíveis na rede de saúde pública.
Quando a vacinação avançou e os casos começaram a cair drasticamente, o Estado deixou de financiar centenas de leitos, já que eles estavam sem uso. O resultado disso é que hoje Mato Grosso tem apenas 43 leitos de UTI Covid-19 no SUS, menos de um décimo do que chegou a ter quando a doença estava em seu auge.
Hoje, dos 38 leitos de UTI disponíveis para adultos, 35 já estão ocupados e outros 3 estão bloqueados. Esse bloqueio acontece quando há reserva do leito para algum paciente que será transferido ou para manutenção dos equipamentos de UTI.
A situação também é grave para as crianças. Dos cinco leitos de UTI pediátrica disponíveis, três já estão ocupados, resultando em uma taxa de 60% de ocupação.
Nas enfermarias do SUS, a situação é mais tranquila. O Estado manteve 489 leitos de enfermaria em funcionamento e 53 pessoas estão internadas no SUS, o que resulta em uma ocupação de 11%. Há, porém, um alerta para o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, onde a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria já atingiu 47%.
Assim como outros estados brasileiros, Mato Grosso vive uma nova onda de contágios, provocada pela chegada de novas variantes da ômicron.
VACINE-SE!
A vacinação continua sendo a forma mais eficiente de se proteger contra o coronavírus, mas a população de Mato Grosso demonstra certa resistência à imunização. Até o momento, apenas 70,87% da população foi vacinada com as duas doses, sendo que apenas 34,5% recebeu o primeiro reforço.
A falta de imunização é maior entre crianças e adolescentes, que dependem do aval dos pais para se vacinar, mas também acontece entre os adultos. Cerca de 85% dos adultos tomaram duas doses, mas apenas 41% tomaram a 3ª dose. Entre os adolescentes (12 a 17 anos), 61% tomaram a segunda dose e apenas 15% tomaram a terceira.
Entre as crianças até 11 anos, esse número é muito menor. Apenas 28% tomaram as duas doses da vacina que protege contra a covid-19.
estadãomt.