|NA ALEGRIA E NA TRISTEZA|: Parlamentares eleitos pelo PL colocam mandatos “na reta” para apoiar representação contra urnas

DA REDAÇÃO:LEIAMT

Os deputados do PL Mato Grosso demonstraram apoio incondiconal à representação do partido que pede a anulação de milhões de votos no segundo turno das eleições de 2022. Representação encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem como base auditoria privada que questiona a auditagem das urnas de modelo anterior a 2020, o que corresponde a 60% dos equipamentos utilizados nas duas fases do pleito, primeiro e segundo turno. Tendo em vista a parcialidade do pedido do PL, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que a sigla emende a inicial com dados relativos à primeira fase das eleições. 

“Tiro no pé é se nós tivermos uma eleição que não seja limpa e transparente. Nós temos que defender a nossa pátria acima até da nossa candidatura, da nossa eleição e do nosso cargo. Nenhum de nós, que somos patriotas, pensamos nisso. Nós queremos eleições limpas, só isso que nos interessa. O resultado disso não nos causa medo”, disparou o deputado estadual Gilberto Cattani, PL. 

Na mesma linha, a estreiante Amália Barros, legitimada deputada federal pelo sistema eletrônico, também defendeu que a representação está acima do resultado eleitoral do partido.  “A gente está junto independente, mesmo que isso resulte na nossa própria eleição. A gente tem como foco, como objetivo a transparência das eleições e o futuro do nosso país”,  declarou.

Já o deputado federal reeleito José Medeiros afirmou que recebeu com ‘espanto’ a decisão de Alexandre de Moraes, chamou o despacho de ‘abursdo’, por exigir dados completos, uma vez que as urnas também foram utilizadas no primeiro turno. 

“É um absurdo, mas o que parece é que é uma tentativa de amedrontar para que o PL recue, para que também haja a oposição daqueles que foram eleitos com medo de perderem os cargos. Eu digo o seguinte, se a tentativa é amedrontar, eu digo o seguinte, se precisar disputar a eleição, eu disputo novamente. O que o povo brasileiro quer é transparência”, disse. 

O deputado estadual Elizeu Nascimento adotou tom mais moderado e disse que cabe à Justiça analisar o documento apresentado pelo PL, mas também se colocou à disposição de participar de um novo processo eleitoral, caso haja comprovação de fraude nas urnas, o que não foi levantado no relatório do estudo técnico do PL.

Ao UOL, o autor do estudo, o engenheiro eletrônico Carlos Rocha afirmou que o estudo não aponta indícios de irregularidades com relação aos votos e ao sigilo de votos. O questionamento tem como base o número de série das urnas, que era único nos modelos anteriores a 2020. Segundo sustenta o PL, isso impossibilitaria a auditagem dos equipamentos. Especialistas, contudo, já esclareceram que essa não é a única maneira de identificar os aparelhos. Cada urna, por exemplo, possui um certificado digital único que é utilizado para assinar os boletins eletrônicos em que constam os votos. 

“Se houver fraude, acredito que a justiça tem que se fazer valer. Se houve fraude, lógico que tem que ser cancelado. Não é porque vai beneficiar eu ou quem quer seja de forma ilícita, de forma incorreta. Não. Eu não posso defender algo que seja ilícito. Se por ventura for comprovado e ter que voltar a eleição, nós vamos ter que disputar”, declarou Elizeu. 

No Instagram, o deputado federal eleito Abílio Brunini também disse que está ‘pronto’ para passar por um novo processo eleitoral, caso seja necessário. A quarta deputada federal eleita pelo PL, Coronel Fernanda, não se manifestou.

hnt

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