|CONFERÊNCIA DO CLIMA|: Embargos ao Brasil podem fazer preço dos alimentos dobrar no mundo, alerta governador na COP 27

DA REDAÇÃO:LEIAMT

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), cobrou que os países ricos façam sua parte para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e que passem a contribuir com o Brasil e Mato Grosso por preservar suas florestas, enviando recursos. A declaração foi feita durante discurso na 27ª Conferência do Clima, que é realizada no Egito.

Em sua breve apresentação, Mauro destacou que MT preserva 62% de seu território e mesmo assim é o estado subnacional que mais se produz alimentos no mundo. Mauro ainda fez uma crítica às ameaças de embargos aos produtores brasileiros. A Europa, por exemplo, aprovou uma norma que veda importação de produtos vindo de desmatamento, seja legal ou ilegal.

“O que nós queremos é ser tratado com respeito, pela importância econômica que nós temos, parar de nos ameaçar com embargos, porque isso é uma grande balela. Porque, sem o Brasil como player mundial no fornecimento de alimentos, o preço dobra em grande parte do planeta. Queremos ser respeitados por aquilo que somos”, afirmou o gestor, em entrevista.

Ainda na COP, os governadores da Amazônia Legal vão elaborar uma carta falando da importância do Brasil na alimentação mundial e cobrando que os serviços ambientais prestados pelo país, como a manutenção da floresta em pé, sejam pagos. Além disso, o documento deve trazer a defesa da população que mora na região amazônica.

“Preservar nós queremos, mas queremos também que o povo da Amazônia, quase 30 milhões de brasileiros que vivem naquela parte do nosso país, possam ter o direito a continuar crescendo, se desenvolvendo e construindo ali a sua família e seu futuro”, afirmou o gestor. Ainda segundo Mauro, o Brasil precisa ser visto como parte da solução e não como problema.

Mauro ainda disse que vai conversar com o presidente eleito, Lula (PT), sobre o código florestal brasileiro, já que ele considera uma legislação extremamente rígida. O objetivo é demover o futuro presidente de endurecer ainda mais a legislação em nome do combate às mudanças climáticas, assunto que Lula vem dando destaque.

“No nosso país, nós temos o código florestal, aprovado há quase uma década, que é sem dúvida alguma uma das leis ambientais mais protecionistas que existe ao redor do planeta. Se nós já temos isso, a minha baliza nesse diálogo com o presidente Lula será o código florestal brasileiro”, completou Mauro Mendes.

estadãomt.

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