|Eleições 2022|: Três nomes para o Senado e uma vaga: Mauro terá que escolher entre Neri, Pivetta ou Fagundes

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A falta de um nome sólido como pré-candidato ao governo do Estado em oposição ao governador Mauro Mendes (UB) proporcionou um cenário, no qual três quadros relevantes da política estadual e de diferentes vertentes disputam a vaga de candidato ao Senado na chapa de situação: senador Wellington Fagundes (PL), deputado federal Neri Geller (PP) e o vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido).

Isso porque todos têm em comum a experiência de quem já disputou várias eleições e sabem o quanto fica mais difícil se eleger quando está associado a um candidato sem competitividade ao governo. Por outro lado, cada um deles tem um rol de características diferentes, que são avaliadas por Mauro Mendes antes de uma decisão sobre quem será o candidato ao Senado da situação.

Welligton Fagundes
Pedro França/Agência SenadoEm seus 32 anos de carreira como político, Wellington Fagundes se consolidou no Congresso Nacional. Foram seis mandatos como deputado federal e um como senador, acumulando trânsito pelos ministérios e órgãos federais, como o Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (DNIT).

Apesar da sua principal base política ser Rondonópolis, onde iniciou como presidente da Associação Comercial Industrial do município no final da década de 1980, Wellington é reconhecido por ter um perfil municipalista e com isso ter o apoio de lideranças, vereadores e prefeitos em praticamente todas as regiões de Mato Grosso. 

Sempre teve posições ponderadas e é conhecido por ser aglutinador, característica que lhe rendeu participação na aproximação e filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal. Já foi colega partidário de Mauro Mendes no extinto Partido Republicano, apesar de nunca terem sido do mesmo núcleo político.

Seu grande trunfo para se cacifar como candidato ao Senado pela chapa de Mauro Mendes é estar colado com Jair Bolsonaro e Mato Grosso ser um dos estados onde o presidente mais goza de popularidade. Pesa contra, o fato de já ter sido coordenador de campanha da ex-presidente petista Dilma Rousseff.

Neri Geller
Com uma história de assentado da reforma agrária que se tornou ministro da Agricultura, Neri Geller é um dos  deputados federais de Mato Grosso com mais trânsito em Brasília. Foi coordenador da  bancada federal de Mato Grosso nos dois primeiros anos da atual legislatura e, mesmo fora do cargo, continua com grande influência junto aos colegas parlamentares.

Sua principal base eleitoral é Lucas do Rio Verde, município por onde foi eleito vereador por dois mandatos, entre 1996 e 2005, o que também garante capilaridade política “natural” em todo Médio Norte e Nortão de Mato Grosso.

Além disso, sendo representante dos migrantes sulistas que vieram para Mato Grosso na época da expansão rural do Estado, antes do ‘boom’ da soja, possui apoio de produtores rurais de praticamente todo estado.

Mas, seu grande trunfo é fazer parte do mesmo grupo político de Blairo Maggi, Eraí Maggi Scheffer e do senador Carlos Fávaro, todos com grande proximidade do governador Mauro Mendes. 

Graças a essa amizade, Neri Geller ampliou sua base de apoio pelo interior do estado “dobrando” emendas com Fávaro e com investimentos do Governo do Estado, garantindo um investimento muito maior nos municípios que qualquer outro parlamentar conseguiria sozinho.

Otaviano Pivetta
O terceiro prefeito de Lucas do Rio Verde, ex-deputado estadual e atual vice-governador, Otaviano Pivetta é reconhecido como braço direito de Mauro Mendes no Executivo Estadual e guarda com o empresário uma relação de amizade pelo menos desde 2010, quando ambos concorreram ao Governo contra Silval Barbosa.

Sua principal base eleitoral é o Médio Norte e o Nortão, contudo, Pivetta agrega consigo uma ala empresarial com viés político inspirado em Leonel Brizola. Quando comandou Lucas do Rio Verde, o município ficou nacionalmente reconhecido pelos investimentos na educação.

Com perfil de quem vem do ramo empresarial, Pivetta não esconde o desejo de ser candidato ao Senado desde a eleição suplementar em 2020, quando acabou abrindo espaço para Carlos Fávaro, já que Mauro Mendes tinha compromisso com o atual senador desde a campanha de 2018. 

Atualmente sem partido, Pivetta está próximo do Republicanos, sigla que recebeu o vice-presidente da República Hamilton Mourão e dessa forma também poderá utilizar o espólio político de Jair Bolsonaro. Além disso, conta com o apoio do ex-deputado federal Adilton Sachetti, que possui forte base eleitoral em toda região Sul e no Médio Norte.

O irmão de Otaviano, Adriano Pivetta, liderança vista como unanimidade no pólo de Nova Mutum, também migrou para a sigla, que conta, ainda, com o deputado estadual Valmir Moretto, da Região Oeste, cuja força pode ser de grande interesse de Mauro Mendes. 

fonte;leiagora

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