|Pagando Preço|: Casos de covid explodem em Chapada após mega festão de Réveillon

DA REDAÇÃO:LEIAMT

A música envolvia o ambiente, enquanto todo mundo dançava e pulava em comemoração ao ano velho que se findava e o novo que começaria em instantes. A alegria tomava conta de todos os presentes, que curtiam mais um Réveillon em Chapada dos Guimarães, a principal cidade turística da Baixada Cuiabana. Junto das bandas e pessoas que comemoravam a virada do ano, estava ele, o novo coronavírus, que também aproveitava o momento.

Apenas sete dias se passaram desde aquela noite e o resultado já começou a chegar. O último Boletim Epidemiológico Covid-19 publicado pelo município, na noite do dia 5 de janeiro, mostra que um aumento significativo de casos confirmados da doença.

Os dados atualizados neste último documento elevaram a cidade ao marco de 2.066 casos confirmados, com 22 pessoas em isolamento domiciliar e 1 internada. O boletim anterior era bem diferente: 2.048 casos confirmados, com 5 em isolamento domiciliar e 1 internado.

Chapada dos Guimarães possui menos de 20 mil habitantes e vinha controlando a pandemia de covid-19 com números baixíssimos da doença.

No início do mês de dezembro, o prefeito Osmar Froner (MDB) anunciou que não cancelaria as festividades de fim de ano e que estava em negociação com uma banda nacional. Na ocasião, ele argumentou que tomou sua decisão com base no índice de vacinação contra a covid-19, que já beirava os 90% da população.

Na ocasião a variante ômicron já havia sido identificada e mapeada com mais de 50 mutações, o que causou preocupação em toda a classe científica. Em seu anúncio, porém, o prefeito minimizou os riscos e disse que a ômicron não se tratava de uma variante de “desespero para o medo ou achismo”.

Com mais de 50 mutações, a variante possuía a maior parte das modificações na partícula spike, que age como uma “chave” para se ligar às células humanas, a tornando mais infecciosa.

A decisão do prefeito, já naquela época, contrariava as recomendações dos órgãos de saúde, que alertaram para os riscos de aumento de casos com as comemorações de fim de ano.

Com o cancelamento das festividades em Cuiabá e Várzea Grande, a cidade turística recebeu a população das duas cidades, além de outros municípios dos arredores, o que contribuiu para lotar a cidade.

Além dos riscos trazidos pela pandemia de covid-19, o Brasil ainda vive uma epidemia de gripe, causada pelos vírus da Influenza A, Influenza B e Influenza A H3N2, este último causado por uma mutação do vírus que ainda não foi incluído na vacina contra a influenza.

A epidemia já tem causado lotações em unidades da capital, Cuiabá, que já registra atendimento recorde no período. Nas redes sociais, já há vídeos de pessoas aguardando atendimento médico no chão, devido ao alto número de pacientes.

OUTRO LADO
Procurada pela reportagem para comentar o caso, a Prefeitura de Chapada dos Guimarães afirmou que não irá se pronunciar porque o prefeito está cumprindo agenda em Cuiabá.

fonte;estadãomt

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