Hospital Regional: Médicos estão sem receber salários há mais de 3 meses
DA REDAÇÃO:LEIAMT
Profissionais médicos que atuam no Hospital Regional de Rondonópolis (HRR), e são contratados de forma terceirizada, estão sem receber salários há pelo menos três meses. Segundo informado, são cerca de 60 profissionais médicos que seguem trabalhando, muitos na linha de frente do combate à Covid-19, porém sem o pagamento. Em alguns casos, o atraso já se aproxima do quarto mês.
A reportagem recebeu a denúncia e, conforme informado, médicos que atuam no box de emergência, box adulto e também na UTI Covid-19, que recebe pacientes de toda a região e está com todos os leitos cheios há meses, não estão recebendo seus salários.
No Regional, além de médicos efetivos ou contratados via processo seletivo, boa parte dos profissionais são contratados de forma terceirizada, por isso, os pagamentos são feitos as respectivas empresas.
Com jornadas exaustivas, os profissionais de saúde trabalham com equipamentos de segurança, muitas vezes impossibilitados até mesmo de beber água ou ir ao banheiro. Apesar do reconhecimento da sociedade sobre a importância dos profissionais no enfrentamento à pandemia, o pagamento pelas horas de serviço, direito de quem trabalhou, não está sendo feito.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que justificou o atraso por problemas em documentações.
“Algumas empresas que prestam serviço no Hospital Regional de Rondonópolis enviaram a documentação para o processo de pagamento fora dos padrões estabelecidos pela Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz)”, diz a nota enviada pelo Estado.
A SES justifica ainda que as empresas estão se adequando a essas normas da Sefaz e enviando gradativamente a documentação à Pasta, que por sua vez está providenciando os pagamentos mediante documentação aprovada pela área técnica.
Contudo, os médicos reforçam que as empresas e documentos atuais são os mesmos de três meses atrás, quando os pagamentos estavam sendo feitos de forma normal. Além disso, informam que não foram solicitados novos documentos e adequações das empresas, para que então o pagamento fosse feito, e que até o mesmo o atraso segue injustificado.
fonte;atribuna